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Sou um educador. Mas o que é educar? Isto sempre me foi um dilema. Os debates são imensos. Mas não posso esquecer que a ciência tem um papel fundamental, fazer um ser humano melhor. E isso não estamos conseguindo no Brasil. Raros são os professores que conseguem fazer de sua ciência uma experiência. Quem aprende deve ter nas mãos o peso da janela que se abre com o conhecimento e a reflexão. Nós temos que mudar.
Infelizmente estamos em busca apenas dos rituais superficiais da educação. Não temos mais o interesse pela ciência na dimensão do que ela pode nos dar. Há culpados, professores também são. Mas o desprezo pela ciência já se multiplicou tantas vezes, replicou em tantas ações. O quanto desprezamos o conhecimento em nome do “senso comum”?
Hoje, a educação não consegue sair dos muros das instituições de ensino. Vivemos um academicismo. Represamos o conhecimento. Ele não consegue se estender ao em torno das escolas, das faculdades, das academias, seja onde for que o conhecimento seja produzido. São pessoas que aprendem e educam, passa a frente o que sabem, contaminam e minam a ignorância.
A ciência precisa viver e deixar viver. A vida precisa ser entendida em sua intensidade. E o conhecimento pode fazer isso. Se as atitudes racionais nos faltam, a educação, a ciência, pode nos fazer pessoas com escolhas e ações melhores. Temos que apostar nisso. Se não fizemos da educação uma meta, um valor maior, permanente, não teremos saída. Não por não existir, porque nossa ignorância não nos fará ver.
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