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Agressão contra a mulher não é um ato isolado. Não é manchete que se tem quando um homem do alto escalão faz a prática de assédio sexual ou moral contra uma mulher. O presidente da Caixa Econômica Federal foi denunciado por pelo menos cinco mulheres que o acusam as ter molestado.
Contudo, a prática agressiva é diária. Ela começa no ambiente doméstico. Nos maus hábitos que pais ensinam aos seus filhos. Nem sempre de forma consciente, mas naturalizada, de considera que as mulheres têm um papel inferior aos dos homens. Que ter a masculinidade é exercitar a agressão para aquela que esteja mais próximo.
Irmãs sofrem de seus irmãos a agressão, de seus pais e assistem suas mães também serem agredidas. Agressões veladas, sutis, feitas de maneira constante e naturalizada. Incorporada por muitas mulheres como um direito agregado ao destino de ter nascido com o privilégio masculino ou com a submissão feminina.
Se queremos lutar contra isso, temos que fazer uma prática constante e diária. Começar dentro de nossa vida privada e romper com os hábitos da discriminação. Assumimos como conservador a violência. Falta de respeito ao ser humano, neste caso a mulher.
No ambiente de trabalho, muitas sofrem esta violência e são humilhadas. Poucas denunciam. Segundo levantamento da consultoria de Recursos Humanos, a Mindsight, 97% das mulheres não denunciam o assédio que sofrem.
Elas já têm uma limitação dentro da carreira. A ascensão em ume empresa apresenta um filtro que barra o reconhecimento das mulheres nos processos de promoções. Elas são cada vez mais a maioria dos funcionários, mas proporcionalmente não tem a mesma oportunidade quando se fala de nomeações e promoções.
Logo, a insegurança na permanência dentro da empresa faz com que elas sejam pressionadas por um ambiente de fragilidade. As deixa vulnerável aos ataques de assédio moral ou sexual nas empresas.
A questão é complexa e precisa ser combatida na formação das pessoas. Seja no ambiente doméstico ou profissional. Nos pequenos atos e em todos os lugares há que se estimular o respeito. Estamos todos envolvidos e não podemos nos eximir de nossa responsabilidade.
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