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Quem assiste as cessões da CPI da Covid no Senado tem um retrato do que é o país. O palanque político de uma comissão parlamentar de inquérito transmitida em tempo real por canais de comunicação. Resumos são divulgados diariamente em cadeia nacional.
Ontem, o senado pareceu um spot publicitário. O empresário Luciano Hang conseguiu deixar sua marca e valar de si e de seu empreendimento. Literalmente ele é um grande negociante, na CPI não descartou vender a mãe, falecida por covid.
Mas, se o empresário causou polêmica e descaracterizou a CPI, outros transformaram suas falas, lado a lado, independente de ser a favor ou contra o governo, em palanque. Mais valia argumentar em defesa e a favor do que indagar o depoente.
Este é um aspecto da democracia, nada fora do que um regime representativo não pode expressar. Ficamos sempre criticando a postura de homens públicos no exercício de seu mandato. Por sinal, entre os nossos últimos presidentes não são um bom exemplo de comportamento com a língua.
Dilma e Bolsonaro são exemplos de presidentes que deixaram “pérolas” em suas falas que ficaram para a memória. Não são os únicos, os parlamentos e executivos pelo país estão cheios. Até mesmo no Judiciário há quem fale tolices.
Tudo isso está dentro da normalidade democrática e representativa. Não é um problema do regime político e sim uma expressão da sociedade que escolhe determinados representantes. Vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e o presidente são eleitos democraticamente. São a expressão de nossa vontade e critérios.
Sendo assim, quando nos deparamos com comportamentos circenses e com vários palhaços no picadeiro. Nos sentimos sentados na plateia indignados com o espetáculo que vemos, é bom não esquecer que cada um deles expressa a forma como queremos resolver nossos problemas. Esta é a nossa piada de mal gosto.
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