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Ninguém duvida da dificuldade que tomar decisões tem em tempos de crise. Os que são acostumados a decidir na estabilidade podem ter incorporado a facilidade do ato do comando e considerar como certa sua habilidade. Porém, nos tempos de instabilidade é que a eficiência da ação denuncia os bem e mal preparados.
A boa decisão tem que ter como medida o além do imediato. Ter o conhecimento o suficiente para deslumbrar o depois do que o horizonte aponta. E na agitação da crise a visão é turva e se enxerga pouco. Saber as consequências de nossas ações para além do que estamos vivendo requer conhecimento, racionalidade e eficiência. Coisas que poucos líderes demonstram na atualidade.
Nossa sociedade requer uma liderança que conheça a formação dos brasileiros, saiba de suas necessidades e tenha um sentido de superação que preserve o melhor do que temos para que a vida continue. A população do país tem agora suas fragilidades expostas. Não é fácil lidera com nossas limitações. Mas é preciso. Não somos o que devíamos e é isso que temos.
Por isso que quero deixar claro que minha fala é dentro deste ambiente. O que vivemos tem origem e explica muito do porque a solução ideal não se realiza. Temos que agir com os limites e condições que se apresentam. Não somos o que desejamos e sim o que herdamos e fizemos de nossas heranças diante das possibilidades que percebemos.
Nossa origem impositiva de uma sociedade escravocrata, agrária e de mando patriarcal de pouca inventividade e falta de perspectiva futura nos condena. Hoje, parte considerável dos empresários e trabalhadores percebem o quanto suas vidas são sustentadas por uma condição frágil. Construídas ao longo do tempo e que se cristalizaram como uma certeza sem ser superada, apenas aceita.
Tantas crises já vieram e tantas viram. Em cada uma delas vamos ter que sentir o peso e a leveza de nossos atos e os reflexos de nossas omissões. A crise econômica que o coronavírus irá deixar como legado pode ser encarado como uma forma de superação, a oportunidade para romper o vício, o hábito e a crença de que estamos sempre condenados a perdas e que a miséria é nosso destino. Também ele pode ser a confirmação de que estamos cumprindo o nosso “destino”.
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