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Ontem ficamos algumas horas sem o WhatsApp, Facebook e Instagram. Um “desespero” para um número significativo de pessoas. Uma demonstração do quanto somos dependentes das redes sociais e dos aplicativos de comunicação. Sentimos na pele e nos nervos a ausência da comunicação instantânea.
A ausência deu a oportunidade de uma reflexão, nossa dependência de plataformas que se naturalizaram com uma certeza. O “ar que se respira”. A necessidade de nos comunicarmos sempre foi uma prática humana. Conforme os meios se tornaram mais eficientes ressignificaram as pessoas envolvidas e o valor do que se comunica.
Ontem foi um dia para refletir a importância destes meios. Eles entraram em nossas vidas e demonstram a construção de nossa ansiedade diante da resposta rápida de estarmos conectados com outras pessoas. Somos dependentes, temos que assumir.
A dependência não envolve só a comunicação como instrumento, mas todo o significado que ela gera. Toda a comunicação traz em sim representações. As formas como consideramos os elementos a nossa volta e a maneira como isso se organiza. O valor que damos as relações está ligado diretamente aos meios de comunicação.
Muito do que não considerávamos relevante acaba se tornando com a capacidade de nos comunicarmos. Não por acaso damos azo a futilidade constantemente. Vivemos do imediato porque não temos tempo em pensar no que é relevante. E transformamos a comunicação em uma forma de compensação das “ausências” da vida.
Por isso, o desespero de ficarmos sem a comunicação. Por mais que há um número imenso de pessoas a nossa volta e outras formas de nos comunicarmos. Mas esta, tão íntima e abrangente, tão essencial e por outro lado aberto ao banal, nos faz uma imensa falta.
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