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Max Weber, pensador alemão, um clássico das ciências sociais, ao analisar a formação do estado nacional moderno, lembra do papel que o poder deve ter na vida das pessoas para que elas aceitem sua autoridade.
O que ele quer dizer é simples, para reconhecer o poder ele deve ser exercido na minha vida, todos os dias, de forma clara ou sutil.
No Brasil, a construção do Estado Nacional foi um exercício de imposição sensível. Constituído ao longo da história com a centralização e intervenção sobre a vida cotidiana, de forma distinta e em momentos diferentes conforme a região que analisamos.
Na construção de uma máquina estatal absurda foi decisivo para a imposição do governo federal em nossas vidas e mesmo os governos estatais.
Não é por acaso que os recursos federais são determinantes para gerar possibilidades em diversas regiões do país, por mais que seja nas cidades que a vida ocorre e as diferenças podem ter suas necessidades próprias.
Getúlio Vargas, o ditador idolatrado da história brasileira, um dos inventores do nacionalismo, seguindo o centralismo iniciado pela monarquia, foi o criador de uma máquina estatal e distribuidor de recursos que exigiam obediência para se receber concessões.
As mesmas estatais permitem a constituição de acordos e cargos favorecendo alianças que ideologicamente seriam improváveis. O aperto de mão entre líderes de partidos em lados opostos a favor de um governo que retribuí com cargos na poderosa máquina.
A prática é antiga. Ela permanece, independente dos governos e garante a governabilidade. Esta é a forma que os líderes locais constituem seu poder associando-se a uma máquina centralizadora e se tornando os caciques regionais apoiando as decisões do senhor absoluto do país, o poder central.
Não é por acaso, que o sonho de crescer constituindo sua empresa, buscando ter sucesso no mundo dos negócios, não é uma questão de eficiência, mas de apadrinhamento, aliança e acordos, mais do que eficiência.
Logo, este papo que todos reclamam do excesso de centralização do governo federal na vida dos brasileiros, deste mando impositor, da tributação injusta, de leis excessivas, de um poder fundado na dependência dos recursos públicos, vem da formação do país e de sua autoridade central. Não é de hoje, é histórico.
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