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Muitos consideram que a cidadania é algo que nos acompanha, independente se a exercemos ou não. Ledo engano. Para ser cidadão é preciso ação.
Vivemos em um estado democrático de direito, mas isso só não basta. Não é porque está na lei que sai do papel. O que faz as regras valerem é o exercício delas, sua positivação. O cidadão deve tomar a cena. O que para muitos é uma dificuldade.
Em uma democracia, estamos respaldados por normas que nasceram do acordo de convivência em sociedade. Porém, os que tem consciência deste acordo são poucos. A dimensão das leis que nos regem tem seus meandros. É preciso saber andar por este caminho tortuoso.
A consciência de nossos direitos e deveres é um bom começo. Mas este conhecimento não se adquire de forma teórica, apenas saber não nos protege. O que faz a lei valer é ocupar os espaços que ela garante. Se puder, devemos tentar ampliar na medida em que os embates sociais ocorrem.
Há os que parecem ter excessos e serem excessivos em direitos mais que deveres. Mas nós também compactuamos com isso quando não temos uma ação cidadã. Manifestações, enfrentamentos, críticas, buscar pressionar as representações políticas. Tudo deve ter uma dinâmica de exercício democrático.
Uma das máximas da democracia é a garantia da diferença no combate à desigualdade. A diversidade é princípio fundamental da ordem democrática. Não há liberdade, garantias, livre escolha, sem que exista diferenças, diversidade, divergências. Temos que garantir os contrários, o contraditório, o contradito. Sem esta condição não há mudança.
Por isso, seja cidadão. Não apenas exista. Pratique sua existência. Para que ela possa fazer efeito e deixa suas marcas é necessário que ocorra a ação na busca de nossos interesses. Se queremos mudar o país, temos que agir.
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