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O Brasil é uma “colcha de retalhos”, nunca foi pano padronizado com a mesmas estampas. As pessoas dizem saber, mas se negam a refletir. Os diversos lugares onde vivemos não são o reflexo do que a nação é. Por isso, julgar a parte pelo todo é um risco.
Veja a questão do preconceito racial, ele existe em todo o país e tem características diferentes de região a região em sua composição. Por mais que a história do trabalho escravo gerou muito ou pouco relevância na formação nacional.
A média de pretos e pardos no país ultrapassa os 56% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, no Sul do país este percentual não ultrapassa os 26%.
Quando falamos de intensidade de preconceito existe uma diferença regional. Em alguns lugares o preconceito é mais perceptível que outro? Há lugares onde ele já foi superado no país?
Para estas perguntas a resposta é não. O preconceito é condição comum. A negativa da formação história e social das diversas regiões é mais variada. Se incorpora mais as heranças migratórias em alguns lugares do que outros.
Há regiões onde a formação afro é inegável e se expressa em todos os cantos. Um olhar para a própria pele já denuncia o que em alguns lugares brasileiros as pessoas têm que fazer DNA para saber que tem um “pé na senzala”.
Frequentamos ambientes que demonstram nossa formação miscigenada. No Sul do país o processo de miscigenação se deu com uma diversidade de nações maiores do que em outras regiões. O Paraná por exemplo é o Estado de maior encontro entre povos no país.
Logo, somos fruto de miscigenação, isto está por todos os lugares. Não temos a mesma história social e econômica em nosso território, isto também é fato. O que é fundamental, está na maneira como encaramos isso. Conhecer, entender e incorporar em nosso olhar, ou negar e fazer de conta que se está onde não se está e se vive em uma país que é fruto da nossa fantasia e não da realidade.
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