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Na semana passada, precisamente sexta-feira, o ex-juiz Sérgio Moro pediu para sair, do governo. Alegando intervenção do presidente da república na Polícia Federal, Moro disse que não havia mais ambiente para sua permanência. A saída foi marcada por um discurso carregado de acusações em relação ao presidente. Dois “mitos” se chocaram.
O conflito entre Jair Bolsonaro, o presidente, e Sérgio Moro, o superministro, já era esperado. Se desenhava desde o ano passado. Foi adiada e não suportou a crise do coronavírus. As pretensões de e no poder deram lugar às necessidades imediatas de sustentação. A garantia da autoridade falou mais alto do que a permanência da aliança.
As intenções de Bolsonaro ficaram claras na frase que ele mesmo pronunciou depois da saída do superministro, “ninguém está acima do presidente”. A governabilidade sustentada em determinados interesses tem seu preço. Conforme a urgência se paga o que for e quantia necessária se temendo as consequências.
Moro estava saindo muito caro para Bolsonaro. Um “luxo” e erro grave manter uma pessoa admirada pelo população e que crescia dentro de um governo que deveria estar centrado no personagem do líder e tinha no ministro um aliado incontrolável. O poder deve falar mais alto e mantê-lo tem seu preço.
Se há algo que não podemos negar em Sérgio Moro é sua consciência do poder que tem e da imagem que construiu. Literalmente um patrimônio político invejável que faz sombra que muitos gostariam de se acomodar e se ver protegido, mas também que ofusca como um “sol” o brilho e a capacidade de governabilidade. Ele tinha ciência que sua permanência no governo de Jair Bolsonaro teria vida curta. Foi mais breve do que ele mesmo pensava.
Os dois personagens em questão sempre foram ligados a frases patrióticas. Amor pela pátria, amor pela verdade. Valores que estavam acima de tudo e acima de todos. Mas talvez, não acima deles mesmos. Afinal, por mais bem intencionado que um governante seja, manter o poder é sua principal meta.
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O “casamento”, (para usar uma metáfora preferida de Bolsonaro), acabou, e eu acho que este divórcio será litigioso. Para mim, honestamente, era uma tragédia anunciada. Seguimos à deriva. O Brasil está sem comando, no Ministério da educação, um sujeito que parece não apreciar muito a educação. Na fundação Palmares, um desafeto daqueles que que militam por igualdade de oportunidades. Como bom criacionista que: Que Deus nos ajude!
Obrigado pelo contato.