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O número de ocorrências nos bares aumento 27% entre 2016 e 2017. Os dados são Ministério da Saúde através do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan -Net). O aumento é gradativo, desde que o levantamento é feito em 2010.
O problema não está nos bares. Afinal ele é local de encontro. Nele alguns vão comemorar seus feitos profissionais e pessoais. As vitórias da vida que merecem brindar com os amigos. Quantos não são surpreendidos com o aniversário na mesa do boteco.
É também na mesa de bar que alguns afogam as mágoas no “copo”, dor de amor para se curar bebendo. Entre choros e desabafos, o gosto da lágrima se confunde com o da bebida. Não há nada mais democrático do que as pessoas em um boteco.
Porém, este ambiente plural e diverso tem também a possibilidade de ser o encontro com a “desgraça” operada por desgraçados. É no calor da discussão que alguns perde as estribeiras, a linha e a compostura e deixam emergir o que há de pior no caráter humano. Às vezes, dá em morte.
Apesar dos bares terem se multiplicado e com isso as oportunidades dos encontros e desencontros, as ocorrências aumentando, o problema não é o boteco, o estabelecimento. A questão é discutir o frequentador, o estabelecido. O ser humano ruim faz emergir no bar o que ele tem de pior.
Quem já se encontrou com amigos em um bar viu o tímido sorrir e se descontrair, o alegre se fechar. O extrovertido extravasar e o silencioso chorar. Já ouviu coisas inacreditáveis e as acreditáveis que não deveria ter ouvido. Já assistiu máscaras caírem do outro lado da mesa e infelizmente a “mesa virar”.
Por isso, não vamos condenar o lugar. Não vamos lançar nossas críticas as possibilidades que o bar nos dá. Temos apenas que entender que como a vida e as pessoas que percorrem esta existência, o bar é ponto de encontro e dependendo o que há de bom e ruim pode ocorrer. Quando for ao bar, saiba com quem andas, o que bebe e com que vai beber principalmente.
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