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Um homem que tem medida preventiva, separado a seis meses, por não suportar a separação ateou fogo na casa do tio da ex-mulher. A intenção era matá-la. Por pouco, um casal e seus filhos não são mortos no incêndio. Fugiram pulando um muro, nos fundos da residência, de dois metros.
História real, fato comum, com versões e proporções diferentes, mas o enredo é quase sempre o mesmo, a intolerância a liberdade alheia. A insuportável autonomia que os seres humanos tem de poder escolher o seu destino, mesmo na mais torpe prisão. A liberdade.
Por mais que estamos assistindo o empoderamento da mulher ganhar espaço, e deve, a agressão continua. A reação de quem está acostumada a ter o controle ou deseja controlar, vai além do machismo. Isto é algo que afeta muitos, independente dos estereótipos ou tradições. A baixa capacidade de frustração é uma doença social que se manifesta de muitas formas.
A aproximação no namoro, no primeiro encontro, na aparência, nunca denuncia o agressor. Ele sempre está entre os mais sedutores. Quantos crimes são cometidos por aqueles que seriam sempre classificados como impossíveis de cometer um ato de violência? Mas cometem.
Na relação afetiva, na busca de realizar a emoção, acabamos por nos aliar ao inimigo. Há um custo nisso. Caro, muitas vezes. Nas relações, estamos muito mais interessados em nosso sentimento do que naquele que está ao nosso lado. É aí que nos relacionamos com um ideal e não com o real.
O fato ocorrido de violência de um ex-marido inconformado com a separação é comum. Tantos são relatados na imprensa. Quantos noticiários já deram o fato com os mais variados desfechos. Mas é sempre bom entender que não se analisa os acontecimentos de forma isolada, há uma lógica comum entre eles. Um sinal de alerta, que devemos estar atentos.
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