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Há uma idolatria pelas frases imediatistas que valorizam o “hoje”. A vida se intensifica com os atos em busca do sonho realizado o mais rápido possível. Esta sensação do agora contamina. Acaba por nos dar uma visão de que viver é um acaso. Não há preocupação com as consequências de nossos atos em longo prazo.
Viver o agora tem um preço amargo, muitas vezes. Como embriaguez, a dose excessiva do momento não nos faz ver que ao passar do tempo vamos construíndo uma jornada. Sem perceber denunciamos nossas contradições no caminho desordenado que vamos construindo. Depois lamentamos o tempo perdido.
Em vários momentos de nossa vida, seja na pessoal, profissional e na vida pública, há este imediatismo pernicioso. Criamos nossos filhos como uma obra do acaso. Valorizamos este sentimento de prazer intenso e harmonia provisória. Vamos relutando em fazer o que se deve com uma cobrança mais intensa sobre as consequências dos nossos atos.
Quantos homens públicos permanecem por muito tempo no poder alimentando o imediato. Quando seus atos vão demonstrar a consequência em nossas vidas, ele se retira do poder e deixam a “herança maldita” para o sucessor. Desassociamos que os problemas enfrentados por um gestor pode ser a herança do antecessor.
Na vida a mesma coisa. Nossos dilemas de hoje são heranças do que construímos ao longo do tempo. Pagamos o preço e não aprendemos. Temos que incorporar e mudar diante da lição dada. Estamos produzindo nossa vida diariamente. Temos que fazer o hoje ter sentido. Há que se ter objetivos, eles precisam de metas e elas são construídas diariamente. Um dia após o outro, caminhando para algum lugar.
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