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Sartre já afirmava, “os outros são o nosso inferno”. Porém, são a nossa medida. Deles compreendemos o que somos no mundo. Mas, até onde uns ou alguns, são os outros que nos infernizam?
Há que se considerar o outro como uma forma de compreender a realidade que vivemos, quem somos. Para condenar ou absolver, aqueles que nos cercam têm o poder de julgamento. Mas a condenação é outra coisa.
Você pode se perguntar, onde fica o “eu” nessa história? A minha percepção própria do que faço e do que considero como correto. Temos que ter claro até onde vai o que os “outros” consideram, quantos destes “outros” e quem somos. Há, também, a relevância da opinião de alguns. Nem todo mundo pensa da mesma forma.
Nossa relação com as outras pessoas também não é única, não somos e temos o mesmo significado para as pessoas com quem nos relacionamos. Logo, a opinião alheia muda. Contudo, não esqueça do eu, ele conta e muito.
O mesmo Sartre considera que os outros podem ter a opinião sobre nós, podem nos julgar. Mas o que somos e o que vamos fazer diante da opinião dos outros, é uma escolha nossa. Se é, como vamos reagir, isso depende muito mais de nós.
A direção que damos aos dilemas que temos, nossa ação, faz toda a diferença. Tomar a vida para si e se responsabilizar pelos atos, é fundamental. Entender a dimensão dos que estão envolvidos e a intensidade da convivência com cada um mapeia os limites dos envolvidos e dos que merecem consideração pela opinião que dão.
Selecione bem as pessoas que podem e devem ser ouvidas. Não dê ouvidos para qualquer um.
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