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A força do hábito

Não temos a dimensão de quanto nos hábitos podem nos fazer bem ou mal. Alguns, incorporados ao nosso perfil, nos identificam. Passam a ser aquilo que as pessoas esperam que você faça. Isto ocorre na vida de cada um e nas relações que estabelecemos, vida pessoal, negócios, social e, também, na política.

A falta de consciência sobre estes hábitos podem naturalizar problemas. Alguns chegam a incorporar o vício de comportamento como parte do caráter. Ser assim é natural? Não é não. Não podemos deixar que os hábitos se transformem em natureza. Se aceitarmos, vamos pagar sempre o preço de que não há mudança. Deixar um legado triste para quem está próximo a nós.

O que tanto criticamos na vida pública, tem seus vícios. O poder que se constitui no país é carregado de hábitos que se perpetuaram ao longo tempo. Considerados “naturais”. Um exemplo é considerar que todo o “político é ladrão”, que todos os “policiais são violentos” e que toda a mulher que usa uma roupa sensual é uma prostituta. Generalizamos demais.

Muitos dos julgamentos que fazemos dizem mais respeito a nós do que a quem está sendo julgado. Nossos valores nos condenam e nem sempre somos praticantes daquilo que pregamos, assim como, somos, muitas vezes, exemplo do que condenamos. Tudo porque nossos hábitos não são percebidos nem por nós mesmos.

Se formos mais atentos as nossas práticas, podemos fazer alterações. Elas vão exigir muito. Afinal, a força do hábito é a pior delas. Por isso, a dedicação tem que ser maior. Focar diariamente e pensar antes de fazer. Agir controlando as vontades que sempre tentam nos levar para a zona de conforto. Repensar as intenções e olhar para nossas prática com consequência. Toda a ação tem sua reação.

Vale lembrar que quando mudamos os nossos hábitos, por consequência as pessoas com quem nos relacionamos mudam suas práticas ou se mudam. Muitas não suportam ver que aquele ser humano que reagia de forma esperada agora já não responde mais da mesma forma. Diante disso, se provoca uma mudança em quem está a nossa volta.

Repense, olhe para os seus hábitos. Eles podem ser a melhor ou a pior parte do seu comportamento. Com certeza são parte integrante de sua identidade.

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