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A criança é como um rio, cuidado para não poluir a fonte

John Locke, o filósofo inglês, considerado o pai das teses políticas liberais, viveu no Século XVII o momento que a Inglaterra lutava contra a monarquia absolutista dos Stuarts. O pensador considerava que as crianças são páginas em branco que vamos escrevendo nelas suas virtudes e defeitos. 

Lembrando da importância da formação do bom homem e de sua relevância para a sociedade, Locke afirma: “Pais se perguntam porque os rios são amargos, quando eles mesmo envenenaram a fonte”. Reclamamos da sociedade que temos, mas somos os responsáveis por destruir sua origem, a infância.

No Dia da Criança, não é apenas lembrar da proteção. Lembrar da formação. Da condição em que criamos crianças e adolescentes. Os modelos que estabelecemos como da conduta correta. O que estimulamos com o que é necessário. Desde a infância reforçamos o comportamento bom e ruim. Demonstramos constantemente o que desejamo para o futuro.

O adulto que podemos elogiar ou abominar teve uma infância. Lhe impregnaram crenças. A sociedade o constituiu dentro de um ambiente em que conviveu com valores. Adultos e suas ações foram convincentes para as crianças do que seria esperado e o que as esperava ao longo do tempo.

Devemos cuidar mais das crianças e percebermos que há um futuro construído por pessoas que hoje estão abertas a aceitarem as experiências da vida como princípios de uma educação. Agir é a expressão máxima do que consideramos como verdadeiro. Por isso, devemos pensar em nossos atos. Quando adultos julgamos, mas diante da oportunidade que temos com a criança, educamos?

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