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Nem toda a farda cheira a golpe

Temos que temer menos a história constante dos golpes militares no Brasil do que nossa despreocupação com a manutenção da democracia e o respeito a constituição.

Se por um lado temos um ambiente que associa as forças armadas ao radicalismo, o uso da violência, ou ao golpe, temos também a necessidade do uso da repressão pelo Estado. Mas a educação militar pode levar ao radicalismo, ao extremismo, ao golpismo? Todo o ser humano fardado é um apaixonado pela violência?

Não podemos generalizar. Temos que observar a história do país em relação ao papel das Forças Armadas. Entender o caminho traçado pela república e o contexto que estamos vivendo.

Dentro das academias militares há uma diferença de postura em relação ao papel que as Forças Armadas exercem no país. Se existe aqueles que alimentam o golpismo, se consideram os “salvadores da pátria”, há aqueles que desejam manter a ordem constitucional e não veem a república como um ambiente da governabilidade de um homem fardado. Por sinal, é nos regimes comunistas que o chefe da nação usa farda e gosta de ser chamado de “supremo comandante”.

Contudo, a história brasileira, como a latino-americana, tem nas Forçar Armadas uma instituição intervencionista. Associada aos mais diversos contextos, os militares já foram peça chave na conquista do poder. Na instalação do regime republicano no Brasil (1889), os militares tiveram um papel decisivo. O golpe, chamado de proclamação, depôs o imperador e fez nascer a república em um país onde povo assistiu bestializado, sem qualquer participação, a implantação do novo regime.

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