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O “Eu”, esta invenção perigosa que coloca um indivíduo como determinante das coisas do mundo. O ser que em si se considera a medida para todos os outros. Inclusive, o outro é ser inferior e coadjuvante da vida particularmente empoderada, assim pensa o medíocre solitário em sua existência.
O outro é importante e mercê respeito. Temos que entender que não se pode direcionar o comportamento de um ser humano. O que as pessoas escolhem para si é um direito delas, cabe a nós tomarmos nossas decisões e seguirmos nosso destino.
Não estou falando aqui de compactuar com a violência alheia, com a agressão promovida pelo outro, usar desta justificativa para permitir, o que defendo é não intervir no que não nos diz respeito.
Falo das coisas que o outro tem direito de agir sem ter qualquer compromisso com o que pensamos e compactuar com o que desejamos. A tal da paz necessária de existir fundado em suas escolhas e não ser sequestrado pela vontade alheia. A liberdade individual como condição coletiva passa por aí.
Porém, os tempos agora são tensos. Os que não suportam as escolhas alheias se exaltam e estão dispostos a tudo para fazer valer o que consideram como um direito seu, invadir o território de escolha dos outros. Eles se multiplicam, são muitos, saíram da “toca” e estão a caça dos supostos “inimigos” que, para eles, insistem em pensar e agir de forma diferente.
As pessoas são livres para fazer escolhas e nós que tenhamos a noção de que devemos administrar o que nos diz respeito e não impor aos outros aquilo que consideramos correto.
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