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“Profetas” são típicos da crise

Basta a coisa ficar difícil e atingir um grande número de pessoas que os salvadores aparecem. A figura que explica de forma simples o complexo e aponta com uma certeza aparente o caminho da superação. Cuidado!

Crer em saídas milagrosas vem de um ambiente cultural de forte religiosidade. O messianismo que nos formou e orientou ao longo do tempo nos estimula a esperar um “santo”. Esquecemos que as coisas humanas são problemas dos seres humanos. 

Se considerando iluminados e com uma linguagem simples, rebaixam a lógica da complexidade da crise à uma disputa entre o bem e o mal. Roubam de todos a possibilidade de crescer na compreensão das coisas, rebaixam o raciocínio do que merece elevação.

Não há explicação simples para problemas complexos, a não ser se o limite de nossa percepção é a superficialidade. Enxergar a aparência das coisas e analisar pelo senso comum pode gerar aparente apoio e uma falsa verdade. 

Por isso, aposto no conhecimento científico, na visão racional. A ciência pode não ter todas as respostas, mas raramente engana com as respostas que tem.  Já, o messiânico demagogo que está em tantos lugares é um traidor nato, em especial da verdade. 

Nas empresas, por exemplo, as lideranças demagógicas são constantes e letais. Seus interesses imediatos promovem uma sensação de avanço e resposta. Contudo, não há superação do problema e sim remediação ou reação insensata. 

Aposte na racionalidade. Ela pode não ter todas as respostas, mas evita ações precipitadas.

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