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As pessoas mentem, isto é fato. Todos já praticamos este comportamento que consideramos repugnante. Mentir é coisa feia! Mas, o mentiroso quem é? O que nos leva a mentir?
Essa prática considerada danosa já nos acompanha desde o surgimento da espécie. Mentir já deu glórias antes mesmo da invenção da escrita.
Vem comigo, pensa, imagine. Um caçador quer impressionar sua fêmea, ele deseja conquistá-la, mostrar força. Em um tempo em que ela tinha força também.
Imagine que a regra deste lugar é que “os fortes não se misturam com os fracos”. Para conquistar o parceiro tem que demonstrar força.
O nosso “caçador” não tem glórias para interpretar, contar por gestos, por gritos. Logo, ele mente. E se mentiu não foi o primeiro. Alguém lhe ensinou e já provou que dá certo.
Ele, o nosso caçador de “meia pataca”, gesticula que enfrentou um grande mostro, mostra alguma cicatriz, diz para sua pretendente tudo o que ela deseja, mesmo não sendo nada do que fala.
Se a cena te parece conhecida, não é mera coincidência e nem semelhança, é fato. A mentira é antiga.
Bom, mas existe também um hábito que não é incomum. Que parece uma reação a mentira e ao mentiroso, aquele que é desconfiado. Conhece algum?
O ser que não quer se enganado. Detesta o mentiroso e quer se livrar dele a todo o custo.
A saída é, não acreditar no que ouve, desconfiar de tudo o que falam. Ficar atento aos detalhes e se puder conferir.
O desconfiado afirma detestar a mentira. Luta para não ser ludibriado. Teme quem se aproxime e venha com lero-lero. Exige o chamado “preto no branco”, as coisas as claras.
Contudo, porém, entretanto, a desconfiança tem origem. Ela, geralmente é fruto da amarga experiência da mentira. É também, a percepção clara de que o que faço se desdobra e possibilita a prática do outro.
Vou ser mais claro nesta argumentação. O desconfiado já mentiu. Quem raramente mente, confia. O que não é o caso de quem desenvolve a desconfiança, este vê mentira em todo o lugar.
Para concluir, o mentiroso e o desconfiado podem ser a mesma pessoa criada no mesmo molde. Vítima e culpado da regra que lhe assombra, mentir.
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