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Fui criado por uma geração que desejava o trabalho para conseguir a emancipação. Meu sonho era conseguir um emprego, ter meu próprio rendimento e conquistar minha independência e emancipação. O que aconteceu com os jovens de hoje?
Estamos diante de uma geração onde crescem os “nem nem”, nem trabalho e nem estudo. Mesmo os que se dedicam ao estudo, desejam postergar o trabalho e, se trabalham, preferem a “segurança” do lar materno e paterno para não ter que assumir os limites financeiros da vida independente.
Construímos uma sociedade onde a estética do que simbolizava a emancipação está apartada do trabalho e de assumir os custos financeiros de si mesmo. Hoje, se pode frequentar os ambientes que se deseja, se constrói seu próprio horário e se pode buscar os seus desejos sem ter condição financeira pessoal de assumir estas atitudes.
Os ambientes de lazer e prazer estão rodeados e recheados de seres dependentes com aparência de serem “donos do próprio nariz”. Uma farsa adquirida no mercado de trabalho. Papais e mamães que consideram que proteger seus filhos é criar um inerte que não consegue se posicionar no mundo por conta própria.
Ao proteger seus rebentos da vida, pais matam a construção da força própria para administrar a própria vida. A qualquer risco, chame o papai e a mamãe que nós vamos te proteger. Uma regra torpe e fatal.
Desta forma, considerando que estamos vivendo tempos de progresso humano, na prática estamos eliminando a possibilidade de formarmos uma geração melhor. Jogados nos ambientes de desejos a serem realizados, o ser humano na atualidade se tornou um ser mimando e birrento, pouco propenso a perceber a existência de um mundo que não vive em torno de si, mas que necessita da participação produtiva de todos.
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